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14 de setembro de 2021Relação comercial entre Brasil e Paraguai
24 de setembro de 2021O destaque para o relacionamento do Brasil com o continente africano é a África do Sul, um dos principais países do continente, e que integra o grupo dos BRICS desde 2011.
Esse artigo é sobre o continente africano, que muitas vezes fica esquecido em nossos estudos de mercado internacional, mas que gera diversas oportunidades de negócio para as empresas do Brasil.
Trata-se de um mercado emergente, de muitas necessidade e claro, muitas oportunidades. Há países, como Angola e Moçambique, que falam português, o que facilita a troca comercial.
O que são os BRICS?
Vamos começar relembrando o que significa a sigla BRICS. Trata-se de uma entidade político-diplomática com participação do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Não é considerado um bloco econômico, mas sim a união de países emergentes de diferentes continentes com possibilidades de crescimento.
Nos últimos cinco anos, as exportações entre os países que formam o BRICS cresceram 45% e a participação dessas exportações no total do comércio internacional dos cinco países aumentou 7,7% em 2015 para 10% em 2020.
Além disso, o PIB dos cinco países também cresceu com uma taxa média anual de 5,31% mais rápido que o PIB global, segundo dados do Fundo Monetário Internacional.
China x Brasil x África
Assim como acontece entre China e África, a atuação das empresas brasileiras em países africanos também está relacionada a segmentos como energia, minérios e construção civil.
Os setores econômicos citados acima são os que normalmente estão aquecidos no Brasil, nas outras nações emergentes, e ainda nos países subdesenvolvidos estão modernizando seu parque fabril ou infraestrutura.
Além da África do Sul, o Brasil também comercializa com frequência para o Egito, a Argélia, a Nigéria e o Marrocos, e os países de língua portuguesa, destaque para Angola e Moçambique.
O que esperar da relação comercial Brasil x Continente africano?
Assim como o Brasil, o continente africano é uma terra de muitas oportunidades e crescimento. Obviamente, ainda há muito espaço para investir, e muitos problemas para resolver. Mas os números podem estar ao lado do importador, veja por exemplo dados do PIB de 2021 da África do Sul:
O Produto Interno Bruto (PIB) da África do Sul cresceu 19,3% no segundo trimestre do ano se comparado ao mesmo período de 2020, segundo dados publicados em setembro de 2021, pela Stats SA, como é conhecida a agência de estatísticas do país.
O setor de transportes e comunicação foi responsável pela maior contribuição no PIB do segundo trimestre, com um aumento de 6,9% no confronto trimestral. Em seguida vieram a agricultura (+6,2%), os serviços pessoais (+2,5%) e o comércio varejista (+2,2%).
Crescimento econômico
O crescimento econômico chinês encontrou na África algo muito conhecido dos europeus, que no século XIX dividiram o continente africano de acordo com os seus interesses no processo conhecido na história como neocolonialismo: o seu potencial natural.
Atualmente, a China está presente em 50 países africanos, e seus investimentos estão concentrados em setores como mineração, energia e infraestrutura.
Em relação aos investimentos produtivos diretos, o Brasil possui uma atuação na África mais modesta, se comparada a China – mas ainda assim crescente – em destaque para Angola, Moçambique, e África do Sul.
Principais números do Brasil e Continente africano
Iniciaremos este tópico com o ano de 2013, onde naquela época o volume de negócios entre o Brasil e o continente africano atingiu a cifra de US$ 28,5 bilhões, com exportações brasileiras no valor de US$ 11,08 bilhões e vendas africanas no total de US$ 17,4 bilhões.
Avançando, em 2017 foi pouco mais de US$ 14,9 bilhões de comércio bilateral entre o Brasil e a África. No ano seguinte, o açúcar de cana foi o principal produto exportado para os países africanos, seguido do açúcar refinado, minérios de ferro, carne bovina e carne de frango.
Ainda em 2018, os embarques de petróleo tiveram um forte aumento. Entre as exportações também se destacaram a nafta, hulhas, ureia e adubos.
Como já era de se esperar, devido à crise causada pela pandemia do Coronavírus, em 2020 houve uma forte queda nas exportações globais da África para o Brasil, assim como ocorreram com outros países.
Dicas para Vender ou Comprar da África
No comércio exterior, escolher a África para exportar pode ser muito interessante, principalmente se a empresa não possui experiência com vendas internacionais. O continente ainda é muito carente em diversos produtos e tecnologias, alguns segmentos não possuem concorrência direta, o que facilita a comercialização.
As empresas brasileiras exercem um certo controle em diversas cadeias produtivas nos países africanos, principalmente porque muitos desses países não apresentam concorrência e também pela carência de políticas ou instituições reguladoras nos países em questão. Desta forma, o nível de exigência será menor do que exportar para outros continentes, como Europa ou América do Norte, por exemplo.
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