G7 e o Impacto no Comércio Exterior
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16 de julho de 2021Iniciamos o artigo semanal do blog da Asia Source te atualizando sobre dois assuntos muito importantes no comércio exterior: dólar e balança comercial. O primeiro é a principal moeda nos negócios internacionais e turismo e felizmente está em queda. Vamos explicar os principais motivos desta queda no artigo de hoje.
O segundo tema é sobre a Balança Comercial Brasileira. Você sabe o que ela representa? Trata-se da relação da quantidade de exportações subtraindo o total de importações de um país. Se este número ficar positivo, temos um superávit. Se este número ficar negativo, temos um déficit. Em uma economia, é saudável que o total de exportações superem as importações, tendo um resultado de superávit no período.
Superávit a vista
A Balança Comercial Brasileira registrou superávit comercial superior a 2,5 bilhões de dólares na terceira semana de junho. De acordo com dados divulgados no 21/06/2021 pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, o valor foi alcançado com exportações de USD 6,757 bilhões e importações de USD 4,193 bilhões.
Agora em junho, a Balança Comercial Brasileira acumulou um resultado positivo em US$ 7,151 bilhões, com exportações em US$ 18,380 bilhões e importações de US$ 11,229 bilhões. No acumulado de 2021, o saldo comercial está positivo em mais de 34 bilhões de dólares.
O que puxou o resultado positivo na Balança Comercial Brasileira não é novidade: o agronegócio. Se 2020 o ano foi ruim para o comércio exterior, em 2021 a situação está melhorando.
As exportações registraram aumento de 69,9% na média diária de junho ante o mesmo período do ano passado, com crescimento de:
•US$ 88,41 milhões (37,9%) em Agropecuária
•US$ 289,65 milhões (183,1%) em Indústria Extrativa
•US$ 200,43 milhões (45,8%) em produtos da Indústria de Transformação.
A expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas dos produtos como o café, soja, algodão na agropecuária. Minérios de cobre, óleos brutos de petróleo na indústria extrativa. Farelos de soja, farinhas de carnes e produtos de ferro ou aço na indústria de transformação.
As importações subiram 65,2% no período, com crescimento principalmente de
•US$ 8,11 milhões (60,0%) em Agropecuária
•US$ 17,32 milhões (47,8%) em Indústria Extrativa
•US$ 320,08 milhões (68,8%) em produtos da Indústria de Transformação.
O crescimento nas importações foi influenciado pela ampliação das compras dos seguintes produtos: pescados, trigo e soja na agropecuária. Outros minérios, carvão, gás natural na indústria extrativa. Óleos combustíveis de petróleo, adubos, além de partes e acessórios de veículos automotivos na indústria de transformação.
Em queda
Se a Balança Comercial está em alta, o dólar está em queda, felizmente. Mas você sabe o porquê isso de fato é comemorado por quem trabalha no comércio exterior? Afinal, para quem exporta o dólar alto é bom, correto? Errado.
Dólar custando mais de R$ 5,50 como estamos a algum tempo desiquilibra a economia nacional e as vendas internacionais, afinal boa parte dos produtos que consumimos possui partes ou acessórios importados. Então, o dólar muito alto prejudica diversos segmentos, desiquilibrando o preço dos produtos e afetando mesmo aqueles fabricados por aqui.
A queda do dólar estava sendo esperada com ansiedade, principalmente por aqueles que importam produtos. O impacto é direto no custo total da importação, com um dólar mais barato, o total da importação será menos.
Mas por que diminuiu?
Muitos são os motivos envolvidos na queda do câmbio. O principal deles foi o aumento da Taxa Selic no início de junho. Com a taxa de juros alta no país, maior será o número de investimento estrangeiros sendo atraídos no país. Ou seja, teremos mais crescimento, mais consumo, e mais dólares circulando por aqui.
A Taxa Selic representa o custo do dinheiro no país. Com o seu aumento, está mais caro para a empresa emprestar, em contrapartida, está mais vantajoso investir. Espera-se que fechemos 2021 com a Taxa Selic a 5,50% o que poderá fazer o dólar custar ainda menos. Espera-se que o Copom mantenha projeção de aumento e na próxima reunião prevista para agosto, ocorra uma nova alta de juros na mesma magnitude, ou seja, 0,75 pontos percentuais.
Outro motivo é a reabertura das empresas e da economia. Algumas cidades estão com restrições, mas muitas já estão com as regras afrouxadas e a população está consumindo mais. Com mais consumo, mais produção. Com o avanço da vacina, mais países estão afrouxando as regras de distanciamento social como, Estados Unidos, China e a União Europeia.
Dois pontos de atenção são a inflação que está pressionada e batendo recordes mensais de alta no preço dos produtos e o risco hidrológico, o que leva a alta no preço da energia elétrica atingindo empresas e consumidores diretamente.
Com a queda do dólar o aumento dos números da balança comercial provavelmente irá aumentar. O impacto no comercio exterior será direto e positivo. Precisa de ajuda com seus processos de importação? Precisa de um estudo tributário e de custos para importar o seu produto? Conte com a maior consultoria de importação do Brasil!